CAMPEÃO GAÚCHO - ATUALMENTE, UM CAMINHO MAIS CURTO PARA SER CAMPEÃO


Já se vai o tempo em que o Campeonato Gaúcho era disputado, praticamente, o ano inteiro. Além disso, os antigos modelos de disputas eram regionalizados, com apenas um campeão por região disputaria outras fases como um triangular e etc. Cerca de 30 anos atrás, um modelo de 7  a 8 meses de disputa era contado para se saber o campeão. 

Com isso, as equipes melhores estruturadas, e com um pouco mais de tecnologia e conhecimento, levavam ampla vantagem sobre as demais, em especial, a Dupla GRENAL, com relação aos clubes do interior gaúcho

Novo Modelo  

Atualmente, os modelos convergem para algo como um campeonato linear, com apenas um jogo só entre as equipes, sem haver o jogo da volta, no chamado returno. Isso torna a competição como uma fórmula quase de ''eliminatória simples'', não restando muito tempo para recuperar possíveis pontos perdidos. As equipes que conseguirem somar maior número de pontos, logo no começo, tendem a se tornarem futuros favoritos para a disputa da próxima fase.

Títulos em jogo  

Uma das modalidades de muitos anos é o Campeão do Interior, onde aquele clube que obtiver uma melhor performance nas primeiras etapas do campeonato, mas não chegar a disputar a fase final, leva a taça. Porém, para chegar ao título maior, Campeão Gaúcho, só mesmo vencendo o último adversário nos dois jogos decisivos da competição.

Vagas para competições nacionais

No regulamento de 2018, conta o seguinte regramento para tais vagas :

ARTIGO 4º - Ao CAMPEÃO e ao VICE-CAMPEÃO do GAUCHÃO IPIRANGA 2018 está assegurada vaga na COPA DO BRASIL/2019. O CAMPEÃO (representante nº 01(um)) e o VICE-CAMPEÃO (representante nº 02(dois)) do GAUCHÃO IPIRANGA 2018 serão os representantes da FGF na COPA DO BRASIL/2019.

§ 1º - O representante nº 03(três) na COPA DO BRASIL/2019 será o 3º(terceiro) colocado do GAUCHÃO IPIRANGA 2018. Caso o Campeão; Vice-Campeão ou terceiro colocados no
GAUCHÃO IPIRANGA 2018, já tenha(m) assegurada(s) vaga(s) na COPA DO BRASIL/2019, a vaga será destinada ao melhor classificado na forma do Artigo 14(catorze).
§ 2º- Ao certame regional a ser disputado no 2º(segundo) semestre de 2018, ou outro que
venha a ser criado pela Direção da FGF, será concedida somente 01(uma) vaga na COPA DO BRASIL/2019.

ARTIGO 5º - Ao término do GAUCHÃO IPIRANGA 2018 estará assegurada 01(uma) vaga para a Série “D” do CAMPEONATO BRASILEIRO/2019, desde que sejam disponibilizadas pela CBF 02(duas) vagas ao Estado do RS, vaga essa que será destinada à melhor equipe classificada na competição, nos moldes do Artigo 14(catorze) deste Regulamento, com exceção dos clubes já classificados nas Séries “A”, “B”,“C” e “D”, do CAMPEONATO BRASILEIRO. 

Na história dos Gauchões 


O Campeonato Gaúcho de Futebol, mais conhecido como Gauchão, é disputado anualmente no estado do Rio Grande do Sul, sendo um dos competições mais antigas do futebol brasileiro. Iniciou-se em 1919 e, desde então, só não foi disputado nos anos de 1923 e 1924, devido à Revolução Federalista.

Foi criado por iniciativa da Federação Rio-grandense de Desportos (FRGD), presidida por Aurélio de Lima Py. Nos anos 1940, com a profissionalização do futebol do estado, a FRGD dividiu-se, e o Campeonato Gaúcho passou a ser organizado por sua sucessora específica, a FRGF (Federação Rio-grandense de Futebol), que só na década de 1960 ganhou sua denominação atual de FGF (Federação Gaúcha de Futebol).

O Internacional é o time mais vezes campeão desde 1971, atualmente com 45 títulos, sendo seguido pelo Grêmio, que tem 36. Daquele também é a maior série consecutiva, que se concretizou em 1976, com o octacampeonato. Em mais de 60 anos, a dupla Grenal não conquistou o título em apenas três oportunidades: o Juventude de Lori Sandri foi campeão em 1998, o Caxias, em 2000, sob o comando de Tite, e o Novo Hamburgo, em 2017, treinado por Beto Campos. 

Campeonato por regiões

Até 1960, o Campeonato Gaúcho era disputado por regiões, em sistema eliminatório, entre o campeão da capital e um número variável de outros clubes representantes de regiões do estado. Por isso, até 1960, nunca havia tido mais de uma equipe de Porto Alegre entre os quatro primeiros colocados - na verdade nunca havia tido mais de um representante da capital disputando o campeonato.

Neste período, o Grêmio chegou 18 vezes à final contra o campeão do interior, tendo vencido 12 confrontos e perdido 6 vezes. Já o Internacional foi campeão porto-alegrense em 16 temporadas - e, ao enfrentar o campeão do interior, venceu 15 vezes e perdeu apenas uma - contra o Rio Grande, em 1936. Os outros clubes porto-alegrenses que chegaram às finais do Campeonato Gaúcho por regiões (Americano-RS em 1928, Cruzeiro-RS em 1929 e Renner em 1954) venceram seus confrontos contra os clubes do interior.

Portanto, em 42 anos de campeonato neste formato, foram 30 vitórias da capital contra 7 do interior. O Campeonato Gaúcho não foi disputado nos anos de 1923 e 1924, por causa da Revolução de 1923. E não teve participação das principais equipes de Porto Alegre nos anos de 1937, 1938 e 1939, por causa da cisão ocorrida na AMGEA (Associação Metropolitana Gaúcha de Esportes Athleticos) em função da adoção de relações de profissionalismo entre os clubes e seus jogadores.

Campeonato unificado

A partir de 1961 o Campeonato Gaúcho foi unificado, com os principais clubes da capital e do interior disputando o título da divisão principal, e um sistema de acesso e descenso (variável ao longo do tempo) para as divisões inferiores.

Nos primeiros sete anos após a unificação (1961-67), o Campeonato Gaúcho foi disputado por 12 clubes, no sistema "todos contra todos" ("pontos corridos") em dois turnos. Entre 1968 e 1971, com o aumento do número de clubes para 18 (depois 25 e 23), passou a haver uma fase preliminar, classificatória; mas a fase final, disputada por 8 clubes, seguiu sendo em 2 turnos, todos contra todos. Em 1972, a fase final teve 10 clubes no mesmo sistema de disputa.

Em 1973-74, com o aumento do período do ano reservado ao Campeonato Brasileiro, a fase preliminar do Gauchão deixou de contar com a dupla Grenal - e a fase final, pela primeira vez, foi disputada no sistema "Fórmula Fraga", com dois turnos independentes. Em 1975-77 a "Fórmula Fraga" tornou-se mais complexa, com três fases independentes, porém com o primeiro turno sendo classificatório para os demais, que seriam disputados por apenas 4 equipes (8 em 1977). Em 1978, a fórmula do campeonato foi tão complicada que o Grêmio se viu na obrigação de perder um jogo para garantir a sua classificação à fase final.

No período 1979-90, o Campeonato Gaúcho voltou a ser disputado no sistema de pontos corridos, em dois turnos, com 4, 6 ou 8 clubes; mas com uma fase classificatória com 12 a 20 clubes, disputada de formas variadas, e que valia uma quantidade também variada de pontos extras para a fase final. A exceção deste período foi o campeonato de 1985, em que voltou a ser empregada a "Fórmula Fraga". Em 1989, cumprindo uma determinação experimental da FIFA (que já havia sido aplicada no Campeonato Brasileiro do ano anterior), o Campeonato Gaúcho não teve empates: os jogos que terminassem empatados foram, por regulamento, decididos em disputa de pênaltis.

Em 1991-92, pela primeira vez desde a unificação, a fórmula do Campeonato Gaúcho previa necessariamente uma final, já que havia uma fase classificatória com 20 a 22 clubes, uma fase intermediária com 8 clubes divididos em 2 grupos, e uma final, em melhor de três, entre os vencedores de cada grupo. Em 1993, voltou o sistema dos anos 1980, com uma grande fase classificatória e um octogonal decidido em pontos corridos. Em 1994, o Gauchão voltou a ser disputado no sistema "todos contra todos", mas com 23 clubes, num total de 44 rodadas, de março a dezembro, intercalado com o Campeonato Brasileiro e outras competições.

A partir de 1995, por determinação da FIFA, as vitórias passaram a valer 3 pontos. Mas isso apenas na fase classificatória, disputada entre 14 a 18 equipes, porque no período 1995-99 o Gauchão foi decidido numa fase eliminatória, com semifinais e final em jogos de ida-e-volta, incluindo-se quartas-de-final em 1998 e 1999. Variações deste sistema voltaram a ser usadas entre 2002 e 2008. Porém, antes disso, os campeonatos gaúchos de 2000 e 2001 voltaram a ter uma fase classificatória e dois turnos finais em "Fórmula Fraga", com 8 equipes.

Em 2009, o Campeonato Gaúcho adotou o sistema carioca de duas "taças" independentes, cada uma delas decidida de forma eliminatória, após uma fase de dois grupos, e uma decisão final em ida-e-volta caso houvesse dois vencedores diferentes, um em cada taça. Estas competições parciais, a princípio, se chamaram Taça Fernando Carvalho e Taça Fábio Koff, em homenagem aos ex-presidentes da dupla Grenal. Mas em 2011 passaram a se chamar Taça Piratini e Taça Farroupilha.

Em 2014, devido à disputa da Copa do Mundo no Brasil, o formato com duas taças foi deixado de lado, mas o sistema de dois grupos e eliminatórias foi mantido. Porém no ano seguinte houve uma nova mudança: em vez de dois grupos, apenas um, com todas as equipes.

Fonte de pesquisa - Wikipédia

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