FARPEL AMISTOSO TERMINA EMPATADO


Por Beto Vetromille 

Na noite de quarta feira(6), participei da transmissão esportiva pela Dobradinha das Rádios Universidade 1160 AM e Alfa 94,5 FM, no ''Duplex'' com os dois jogos , envolvendo os três clubes da cidade da cidade - Pelotas,Brasil e Farroupilha.

Já manifesto minha contrariedade em relação a decisão das três diretorias em definirem dois jogos, na mesma hora, na mesma cidade, impedindo , tanto o torcedor/desportista de frequentar os estádios, quanto pela dificuldade técnica de se fazer uma transmissão melhor qualificada de informações sobre as equipes e seus desempenhos. As inserções das reportagens, narradores e comentaristas ficam limitadas a verdadeiros ''flash's'' , ao invés de uma informação mais detalhada. Pois bem, azar dos clubes.

Foto: Jonatan da Silva – Assessoria GAF

Sobre o jogo que assisti e comentei - Clássico FARPEL, dá pra resumir que a surpresa positiva veio do lado Tricolor.

O time comandado por Luizinho Vieira fez sua estreia na Boca do Lobo, pois no amistoso em Pedro Osório não foi possível, devido as confusões que causaram o encerramento da partida antecipadamente. Apareceu um time com organização tática, tentativas de jogadas de inversão , explorando alguns espaços vazios, que acabou abrindo o  placar no final da primeira etapa - aos 43 minutos, a jogada individual de Juliano e o passe para Anderson Catatau colocar nas redes - 1x0.

Minha expectativa era saber até que momento do jogo o time do Fragata suportaria a falta de ritmo e de melhor evolução no condicionamento físico. Praticamente isso aconteceu a partir dos 22 minutos da segunda etapa, quando o Pelotas soube tirar vantagem desta limitação do adversário.

Especificamente, sobre o time do Pelotas, gostei muito da participação do atacante Clodoaldo. Rápido, objetivo e de muita movimentação, o jogador foi o mais incisivo do setor , tentando levar o time à vitória. 

Num sistema de jogo imaginado por Barbieri, que citou, durante a entrevista coletiva, como ''4 x 2 x 4'', a ideia do técnico era de criar dificuldades defensivas no adversário, com uma movimentação e variação dos jogadores de ataque em alternadas situações. 

No primeiro tempo, não foi muito eficiente esta movimentação . O Farroupilha marcou bem  , tornando um jogo equilibrado neste fundamento tático, pois um número seguido de faltas e bolas levantadas para as duas grandes áreas, marcaram o perfil de jogo no começo do amistoso.

Veio segundo tempo, e as alternativas de Luizinho Vieira fizeram o técnico mudar o time em cinco posições. Já no lado do Pelotas, apenas três alterações foram realizadas.

Com isso, a estruturação mais equilibrada do primeiro tempo gerou uma vantagem para o Pelotas, que soube explorar essas mudanças, realizando jogadas mais agudas e com três finalizações nas traves da goleira de Fabiano. Ainda assim, Wellington, que se mostrou um atacante solidário e de movimentação, não foi efetivo no setor de cima em relação a sua repetida saída da área, recuando até mesmo na defesa do Pelotas para ajudar na marcação. Isso limita sua possibilidade de estar mais perto da meta do adversário.

Segundo o técnico Barbieri, ''é uma característica do jogador difícil de mudar''. Aos 13 minutos da segunda etapa, em jogada aberta pela direita de ataque áureo cerúleo, Wellington fez o cruzamento aparado, de ''bicicleta'', por Diego Torres, empatando a partida, e dando os números finais no placar.

Ficaram algumas questões a serem respondidas
O Pelotas , que joga a Primeira Divisão, e precisaria dar uma evoluída nas suas dificuldades, consguirá superar adversários bem mais qualificados que seu adversário local, em jogo onde havia tanta diferenciação de tempo, de trabalho e mesmo qualificação técnica?

O Farroupilha, manterá este nível de apresentção na Série A², quando nem sempre enfrentará jogos com bons gramados e mesmo de qualidade técnica como o Pelotas?



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