Goleador por onde
passou, Sandro Sotilli leva consigo um pouco da história na coleção de camisas
de times que defendeu. Número de peças já ultrapassa as 36, com vaga para mais
a do Sport Club Gaúcho
Kleiton Vasconcellos
(Redação Passo Fundo
/ DM)
Referência no futebol
do Rio Grande do Sul, Sandro Sotilli contabiliza números
impressionantes. Aos
39 anos, já anotou mais de 400 gols na carreira iniciada em 1993, no Ypiranga.
Artilheiro por três vezes do Campeonato Gaúcho (2002, 2003 e 2004), o
centroavante tem no currículo a passagem por mais de 30 equipes. Todas elas
lembradas na sua coleção de camisas.
Ao todo a compilação
guardada na residência de Rondinha conta com 40 peças. Retiradas as de treino,
sobressaem as 36 camisas de jogo – todas utilizadas dentro de campo. A pedido
da reportagem do Jornal Diário da Manhã, Sotilli trouxe as camisas para Passo
Fundo e relembrou a própria história.
A longa carreira
iniciou em 1993, quando foi assinado o primeiro contrato profissional, no
Ypiranga de Erechim – o exemplar utilizado em jogo naquela temporada está
guardado na coleção. Com a transferência para o Veranópolis, em 1994, Sotilli
teve a idéia de ir arquivando os uniformes. “Cada camiseta tem uma história, um
momento da minha vida e a vivência em cada clube. Também, cada uma tem o seu
significado especial. É uma maneira de eu relembrar fatos, gols, títulos e as
até derrotas” conta Sotilli.
Se muitos jogadores
têm por um motivo ou outro decepções ao longo da carreira, incrivelmente Sandro
Sotilli não está neste grupo. Demonstrando felicidade com o caminho percorrido
até aqui, Sotilli diz que “tenho carinho por todos os clubes, não guardo
nenhuma mágoa, afinal a minha história é bonita. Quando vejo as camisas, lembro
de quando fui goleador, dos títulos, das subidas de divisão”.
Para organizar melhor
a coleção, Sotilli planeja emoldurar cada exemplar em um quadro. “Tenho que
cuidar, pois é uma recordação que não tem preço” expõe o goleador, que está
sempre acompanhado da filha Yasmin, de três anos.
Em breve, a 37ª
Para 2013, Sandro
Sotilli já guarda espaço para mais uma camisa: do Sport Club Gaúcho. “Vou
defender as cores do Gaúcho com o propósito de colocar o time na 1ª Divisão.
Vai ser um trabalho bastante duro, mas estou disposto a encarar esse desafio
com a maior satisfação e alegria. Tudo o que eu vivi no futebol possa ajudar o
Gaúcho nessa nova etapa. Sei que o clube tem uma torcida apaixonada, mas com o
orgulho ferido.
A motivação do
torcedor voltou com o acesso e tudo isso traz o torcedor de volta. Acredito que
Passo Fundo suporta duas equipes na 1ª Divisão”.
Identificações
Lógico que uma
carreira tão grande tem seus pontos mais marcantes. Com Sotilli não é
diferente. O goleador se diz identificado “um pouco mais” com alguns dos clubes
defendidos. “Me identifico muito com o Pelotas, clube que mais defendi e onde
tive um título e um acesso. Também lembro muito do Esporte Clube Passo Fundo,
do título gaúcho de 1998 com o Juventude, da artilharia com o Glória e com o XV
de Novembro, os bons momentos no Internacional” cita. Nas contas do jogador, há
ainda o título de campeão cearense pelo Ceará, as passagens pelo futebol
mexicano e pela China.
Longa carreira
Goleador por onde
passou, Sandro Sotilli já tem 400 gols anotados na sua carreira profissional,
incluindo 110 no Gauchão Série A. Aos 39 anos, o “Alemão” vestiu as camisas de
Ypiranga, Veranópolis, Internacional, Juventude, Caxias, Ceará, Rio Branco-SP,
Beijing-CHI, Paulista, XV de Novembro, Xian-CHI, Al Kaliji-ARA, Glória,
Necaxa-MEX, Jaguares-MEX, Dorados-MEX, León-MEX, Pelotas, São José-Poa,
Brasil-Far, São Paulo-RG, Chapecoense e São Luiz. Em 2011, chegou ao EC Passo
Fundo, marcando 13 gols no acesso de 2012. Para 2013, foi anunciado como
reforço do SC Gaúcho.
Profissional e
torcedor
Quando criança, todo futuro
jogador sonha em defender o clube do coração. Alguns conseguem, outros não. E
há aqueles que perdem a paixão de torcedor para assumir o lado profissional.
“Quando guri eu era gremista, mas em 1997 defendi o Inter, fui bem tratado lá e
agora sou neutro” explica.
Comentários