SÉRIE C - A LAMBANÇA CONTINUA...

 SÁBADO - 07/7
 STJD aciona Fifa por punição à Brasil de Pelotas e Treze
O STJD entende que a dupla ignorou sua importância no país ao acionar a Justiça Comum

Rio de Janeiro, RJ, 07 (AFI) – O que já deveria ter sido feito há um bom tempo aconteceu na última sexta-feira, quando o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), enfim resolveu acionar a Fifa para que Brasil de Pelotas e Treze de Campina Grande recebam punições por desrespeitarem o órgão máximo da Justiça desportiva no futebol brasileiro.
 
O STJD entende que a dupla ignorou sua importância no país e recorreu à Justiça Comum para conquistar benefícios, o que para a Fifa é irregular e gera uma série de consequência. Conforme o FI vem divulgando desde o início do ano, Brasil e Treze podem receber multas milionárias, punições de dois anos sem jogos oficiais e até mesmo uma desfiliação.

Auditor da Quarta Comissão Disciplinar do STJD, Washington Oliveira explicou o motivo do órgão em acionar a Fifa. Ele argumenta que devido às ações na Justiça Comum, qualquer que seja sua decisão não pode ser alterada. Ele ainda espera a entidade máxima do futebol mundial mostre seu papel fora de campo.

“A situação que se coloca é a seguinte: o STJD, que sempre primou pela serenidade com relação aos litígios, está impedido de proceder os julgamentos, não só isso, mas no caso do Brasil de Pelotas, de impor qualquer sanção ou penalidade ao clube. Queremos é que a Fifa intervenha nesta questão para que demonstre que ela é o real poder que envolve estas questões”, disse.

Por causa de uma decisão da Justiça de Campina Grande, o Rio Branco foi excluído da Série C na última sexta-feira e não poderá entrar em campo no domingo, contra o Icasa. O adversário do time cearense será o Treze, o culpado por todo o imbróglio na competição.

SEXTA FEIRA - 06/7
Série C: STJ derruba liminar que obriga participação do Treze-PB
Ministro-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Ary Pargendler, cassou a ordem

O Ministro-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, Ary Pargendler, concluiu o pedido de cassação da liminar da juíza da 1ª vara cível de Campina Grande, na Paraíba, Ritaura Rodrigues, que obriga a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de incluir o Treze-PB no lugar do Rio Branco.

Dessa forma, o Rio Branco-AC espera por uma nova decisão, neste sábado, derrubando outra liminar da Justiça paraibana que obriga a exclusa dos acreanos. Só assim, eles tem condições de estrear contra o Icasa, neste domingo, no Campeonato Brasileiro da Série C em jogo programado para Juazeiro do Norte, interior do Ceará.

Segundo o procurador do Estado, Armando Melo, o ministro presidente do STJ, Ary Pargendler, cassou a decisão do dia 28 de junho e não a do dia 4 de julho, que exclui o Rio Branco da Série C.

“Ocorreu um erro material do ministro no momento de concluir o processo. Vamos trabalhar para que uma nova decisão possa ocorrer neste sábado. O mais importante é o ministro Ary Pargendler observou o direito do Rio Branco disputar a Série C”, explicou Armando Melo.

Senador reivindica direito
Indignado com a postura da juíza da Paraíba, o senado Aníbal Diniz (PT) (foto) foi a tribuna do Senado nesta sexta-feira para reivindicar aos dirigentes da Série C do Campeonato Brasileiro que o Rio Branco tenha o direito de estrear na competição em partida marcada para o próximo domingo.

Ele pediu a revisão de liminar expedida pela juíza da Primeira Vara Cível da Comarca de Campina Grande, Ritaura Rodrigues Santana, que impede o time acreano de entrar em campo.

“É absolutamente abominável que uma juíza atropele todo processo histórico e a legislação vigente e se porte, não como magistrada, mas como advogada de defesa do Treze da Paraíba e, mais ainda, como torcedora fanática e desonesta, concedendo, em decisão liminar, todos os pleitos, desprovidos de fundamentação, que o Treze lhe tem apresentado em prejuízo dos direitos líquidos e certos que pertencem ao Rio Branco”, desabafou o senador, em plenário, pedindo que a juíza seja responsabilizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
 
Paulo Henrique Nascimento

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