Presidente do TREZE : ''Não podemos desistir de uma vaga que por direito é nossa" Fábio Azevedo

Presidente Fábio Azevedo - TREZE PB

Presidente do Treze diz que luta sem medo de ameaças por Série C

Segundo o dirigente, só um acordo que preveja o Treze na competição seria possível. Ele pondera que não quer briga, nem quer desafiar ninguém

Em meio às especulações de que os clubes das séries C e D vão se reunir nesta terça-feira no Rio de Janeiro para buscar uma solução às duas competições, o presidente do Treze, Fábio Azevedo, declara que o clube de Campina Grande “vai lutar até o fim e não tem medo de ameaças”. Ele pondera que não está brigando, nem desafiando quem quer que seja, e que quer apenas garantir os seus direitos.

Azevedo diz que o Treze tem o direito legítimo a uma vaga na Série C do Brasileirão e que o clube não abre mão disto. Ele descarta, assim, qualquer acordo entre as partes que não preveja a permanência do clube paraibano na competição nacional.

- Não podemos desistir de uma vaga que por direito é nossa. Então até podemos tentar chegar a um acordo amigável com as outras partes, desde que neste acordo o Treze seja confirmado na Série C – avalia.

Sobre a possível reunião dos clubes das séries C e D, Fábio Azevedo se resume a dizer que não foi convidado e que não sabe nem mesmo se esta vai acontecer. E se acontecer, pode não ter um caráter oficial.

- Prefiro não comentar um assunto que ainda não foi confirmado – finaliza.

Entenda o caso

O Treze tenta, através de medidas judiciais, a vaga que pertence ao Rio Branco para disputar a Série C do Campeonato Brasileiro. No ano passado, a equipe acriana, após ter o seu estádio interditado pelo Ministério Público, acionou a Justiça Comum e acabou desclassificada da competição. Um acordo posterior com a CBF, no entanto, permitiu o retorno do clube.

Como ficou na quinta colocação da Série D, o Galo da Borborema se sentiu prejudicado e, por isso, ingressou com uma ação pedindo a vaga junto ao STJD, onde foi derrotado por unanimidade. Sem saída, o alvinegro paraibano 'apelou' para a Justiça Comum e conseguiu uma liminar, expedida pela juíza da 1ª Vara Cível de Campina Grande, Ritaura Rodrigues, para disputar o campeonato.

Depois disto, o Rio Branco ingressou com recursos no Tribunal de Justiça da Paraíba tentando cassar a liminar, mas o desembargador Genésio Gomes Pereira Filho a manteve em segunda instância. Paralelamente a isto, o Estado do Acre ingressou com uma ação contra a CBF em Rio Branco, e o juiz Anastácio Lima de Menezes Filho emitiu liminar em favor do clube local.

Depois, foi a vez do Araguaína entrar na briga. O clube alega que, como ficou em último lugar no Grupo do Rio Branco na Série C do ano passado, e como apenas um caía em cada grupo, seria dele a vaga na competição em caso de exclusão do Rio Branco. Também conseguiu liminar em seu favor, expedida pelo juiz Sérgio Aparecido Paio.

O Brasil de Pelotas é outro time que tenta vaga na Série C. O clube perdeu seis pontos na Série C do ano passado e, por isso, ficou em último lugar e acabou rebaixado. O clube entrou com ação na Justiça Comum querendo reaver os pontos e assim se livrar do rebaixamento. Se isto acontecesse, quem cairia seria o Santo André. As duas ações acabaram por provocar a suspensão das séries C e D.

As ações de Brasil e de Treze na justiça comum, inclusive, provocaram a reação da CBF, que por meio de nota informou nesta terça-feira que a Conmebol já estuda punir as duas agremiações, tomando com base o Estatuto da Fifa, que proíbe que clubes a ela filiado ingressem na justiça comum.

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