Série C: GE Brasil rejeita acordo da Justiça e 'banca' os riscos

 Série C: Brasil rejeita acordo da Justiça e promete brigar por vaga

CBF ameaça ir à FIFA para desfiliar o clube que ocorreu na Justiça

Pelotas, RS, 21 (AFI) - Na noite desta segunda-feira, o Brasil de Pelotas recusou o pedido proposto pelo desembargador José Aquino Flôres de Camargo do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que tenta por um fim na briga judicial entre o clube gaúcho e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) por uma vaga na Série C do Campeonato Brasileiro deste ano.

"A Direção do GE Brasil e o Depto. Jurídico se reuniram na noite desta segunda-feira para decidir referente ao acordo proposto pelo desembargador de justiça sobre o agravo de instrumento da inclusão do clube na Série C do Brasileirão deste ano, e momentaneamente chegaram a conclusão que é inviável o parecer de acordo. Podendo ainda haver uma segunda decisão, mediante análise dos dados", publicou o clube em nota.

No acordo, o desembargador propôs que a CBF pagasse uma multa ao Brasil por perdas e danos e possa incluir o clube na Série C do Brasileiro até 2014, para que o Estatuto do Torcedor, nem o regulamento da competição sejam feridos. A entidade tem até 48 horas para decidir sobre a proposta.

A reconciliação foi sugerida depois que a CBF ameaçou o clube em recorrer à FIFA para decidir o caso, já que segundo a entidade máxima do futebol mundial em seu estatuto, o time que recorrer a uma decisão em instância comum corre o risco de desfiliação.

O caso
O Brasil foi rebaixado para a Série D na última temporada, quando perdeu seis pontos pela escalação irregular do lateral-direito Claudio. Ele carregava uma suspensão quando foi contratado junto ao extinto Ituiutaba-MG (hoje Boa Esporte), mas mesmo assim entrou em campo contra o Santo André. O clube alegou, na oportunidade, que o atleta não havia sido notificado pela suspensão.

No ano passado, o Portal Futebol Interior havia alertado que esta bagunça iria acontecer por culpa total de CBF, que não puniu o Rio Branco, que entrou na Justiça Comum e continuou na Série C. Como a entidade agiu impunemente, outros clubes se viram motivados a fazer a mesma coisa. São os casos do Brasil e também do Treze, de Campina Grande, que pleiteia a vaga do Rio Branco.
 

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