José Maria Marin - Presidente CBF |
A CBF divulgou agora há pouco(dia 24/5), que Treze
e Brasil de Pelotas estão suspensos de competições nacionais por terem
ingressado na Justiça Comum em busca de vagas na Série C. A matéria – do
site da justiça desportiva – fala ainda que a decisão vai ser revista e
que ela será mantida em vigor até que as equipes retirem as ações na
justiça.
Bem, aqui e lá na China o nome disso é
chantagem. Quando foi que a Fifa suspendeu um clube sem antes realizar
um julgamento acerca do caso? Que eu saiba nunca. E o Estado Democrático
de Direto determina que os fatos sejam analisados cuidadosamente antes
de uma definição, que sempre é dada por profissionais habilitados na
área. Ao interpretar as palavras da notícia veiculada à pedido da CBF,
nota-se que a suspensão é uma medida tomada arbitrariamente, um pedido
de “amigo” do presidente da entidade brasileira à Fifa, que nada sabe
sobre o que está se passando a não ser pelo relato – obviamente parcial –
de José Maria Marin, mas sujo desta vez do que no “Caso da Medalha”.
O Treze e o Brasil-RS entraram na
Justiça Comum de forma legítima, após esgotadas todas as instâncias
desportivas referentes ao caso. Esta é uma norma que está no Estatuto da
Fifa, em seu artigo 59. As ações destes clubes na verdade são respostas
à única ilegalidade cometida até o momento: o acordo entre CBF, STJD e
Rio Branco-AC.
Ano passado o clube acreano entrou com
uma ação na justiça comum para reaver o direito de disputar partidas em
seu estádio, a Arena da Floresta. O problema é que o Rio Branco-AC fez
isso de forma direta, sem antes recorrer às instâncias desportivas. E
foi justamente por isso que recebeu uma punição no Pleno do STJD, que o
excluiu definitivamente da competição.
Sentindo-se prejudicado, o time do Acre
entrou mais uma vez na Justiça Comum e conseguiu paralizar a Série C.
Para que o campeonato então voltasse a ser disputado, a CBF fez um
acordo com o presidente do Pleno do STJD, Rubens Approbato, e com a
Federação de Futebol do Acre para que o Rio Branco-AC retirasse a ação
da Justiça Comum – deixando que a Série C prosseguisse -, em troca da
permanência do time na competição no ano vindouro, no caso, em 2012.
O acordo, obviamente, foi ilegal e
contrariou uma decisão do próprio STJD, que havia punido o time. Em
outras palavras, a CBF sucumbiu à chantagem do clube acreano em troca de
um caminho teoricamente mais simples de resolver a questão. A
ilegalidade do acordo é confirmada pelo fato de o mesmo nem sequer ter
sido publicado; isto indica também que ele não tem qualquer validade, a
não ser nas reuniões escusas que colocaram o Rio Branco-Ac na tabela da
Série C de 2012.
Sujos da cabeça aos pés, CBF e STJD
tentam agora, de toda maneira, manter a “Virada de Mesa” e calar a boca
de quem denuncia a sujeira. Espero sinceramente que os clubes não se
curvem a mais essa canalhice da CBF e prossigam com os processos, afinal
de contas, com a determinação da Justiça Comum, as Séries C e D estarão
paralizadas até que os casos sejam resolvidos, ou seja, nem Treze, nem
Brasil-RS, nem nenhum outro clube destas séries jogarão até que a
sujeira seja esclarecida nos tribunais.
Por Sávio Mota
saviomota@maiorais.com.br
24/05/2012 - 15:24
Comentários
Trocando figurinha com o jornalista chapa branca @wellingcampos ? Qual teu objetivo? Nos prejudicar?
É para chamar a direção de amadora? É para alguem usar de prova?
Qual a finalidade? Onde tu quer chegar com isso Beto?
Prejudicar o Brasil? É isso?
Não há nada de verdade na sua afirmação ou pergunta.Trata-se de fato jornalístico, que ilustra , para quem tem a obrigação de atuar , dirigir, e desenvolver atividades outras, no meio do futebol profissional, ter o conhecimento dos fatos no seu amplo espectro. No mais, entendo as manifestações clubisticas, que na maioria das vezes é de puro passionalismo, e têm a dificuldade de enxergar além das cores dessa ou daquela notícia. No geral, basta verificar que, no blog, existem muitas outras matérias contrárias aos opositores do clube rubro negro.Portanto, não vejo necessidade de olhar as coisas com o intuito de perseguir alguém ou entidade. Apenas divulgar o que é relevante ao fato debatido e , ainda, sem uma decisão final. Abraço
Então se o Brasil escalou um jogador de forma irregular, a regra foi cumprida e o clube levou uma punição.
Não entendo, portanto, como que os xavantes podem se achar injustiçados se eles cometeram uma infração e foram punidos. Vão reclamar de quê? E ainda paralizam dois campeonatos, prejudicam 80 clubes. Daqui a pouco sera o Brasil quem tera de pagar indenizaçao pelos danos dessa bagunça toda que está promovendo.
Tudo começou com uma infraçao do Brasil. A puniçao foi justa e obvia. Nao tem o que reclamar!