DECEPÇÃO - Diz Paulo Porto com sua demissão no Caxias

“Fico decepcionado”, lamenta Paulo Porto após demissão do Caxias

Técnico que classificou time à final do Gauchão diz que perdeu oportunidade da vida

Apesar do fraco desempenho na Taça Farroupilha, a demissão anunciada nesta segunda-feira pegou de surpresa o técnico Paulo Porto, que comandou o Caxias no título da Taça Piratini. E causou lamentações ao treinador: “Da minha parte fico decepcionado. Ainda não entendi, porque estou perdendo uma grande oportunidade da minha vida. Trabalhei muito para chegar em uma final de Campeonato Gaúcho”, afirmou ele, na tarde desta segunda-feira.

Único garantido na decisão do estadual, o Caxias agora busca novo técnico – as finais ocorrem daqui a quase um mês e já não terão a participação do profissional: “A frustração maior é perder a possibilidade de trabalhar na final do Gauchão. Essa oportunidade foi tirada não no momento correto”, lamentou Porto.
A demissão foi comunicada nesta segunda-feira, quando ele foi chamado para uma reunião na sede do clube da Serra. Hoje foi dia de folga para o grupo. “Fui recebido pelo diretor de futebol Marcus Vinicius Caberlon e ele me comunicou. Num primeiro momento me falou nos objetivos, mas eu contestei. Depois argumentou que seria o momento para trocar, porque teria esse período para adaptação de um novo treinador”, contou. “Até entendo essa situação, entendo que é um direito do clube e respeito sem problema nenhum.”

DEMISSÃO FOI VISANDO A SÉRIE C, REVELA DIRIGENTE
De acordo com Marcus Vinícius Caberlon, a demissão de Paulo Porto se deu por causa do desempenho do Caxias ao longo do Gauchão. Apesar de ganhar o primeiro turno, o time da Serra sequer se classificou às quartas de final da Taça Farroupilha. “O grande objetivo do Caxias é a formatação de um grupo forte para a disputa da Série C e para isso precisávamos fazer umas mudanças. Essa parada nos remete a possibilidade de reorganizar algumas coisas”, relatou. “Agora estamos liberados para buscar um treinador com um perfil para a Série C.”

O dirigente não vê ingratidão a demissão do profissional, que levou o clube à conquista inédita do primeiro turno. “A parcela dele está reconhecida e respeitada, mas o clube tem que olhar o seu interesse e conveniência. É isso que o Caxias vai fazer agora”, avaliou. “Surgiu a necessidade e o momento oportuno de fazer.”

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