Com 70% de obras concluídas, Arena espera por estrutura para a cobertura
Trinta carretas partirão de Rio Grande transportando guindaste de 750 toneladas
Jones Lopes da Silva e Rafael Divério
Com mais de 70% das obras concluídas, a Arena do Grêmio entra em sua parte final.
Toda a estrutura que vai sustentar a cobertura está chegando de Portugal ao Porto de Rio Grande. Nos próximos dias, estará em Porto Alegre.
Um enorme guindaste, de 750 toneladas, destinado a montar as estruturas metálicas, está no porto desde o final de março e devia ter saído no domingo para entrega entre quinta e sexta-feira na Arena. Houve atraso, porém, nos trâmites burocráticos, e é possível que seus componentes deixem Rio Grande somente no próximo domingo. Trinta carretas transportarão o guindaste desmontado. Como são necessários ao menos 48 horas na estrada até a Capital, a ideia é utilizar um domingo para reduzir transtornos no trânsito.
As estruturas metálicas em treliças também estão desembarcando de Portugal. Elas darão sustentação às telhas de policarbonato, que são as coberturas propriamente e que também estão a caminho por navio.
— Os componentes da cobertura chegarão de acordo com o andamento da obra — anunciou Eduardo Antonini, da Grêmio Empreendimentos.
A colocação das peças de treliças e da cobertura consumirão os próximos cinco ou seis meses da obra. Há previsão de que as telhas de policarbonato estejam instaladas a um mês da inauguração. Enquanto avançar a colocação da cobertura, haverá ainda trabalhos de pintura, instalação de cadeiras e catracas e do gramado.
— Várias frentes acabarão ao mesmo tempo, mas, é claro, começa-se uma casa pela estrutura; depois vem o telhado — diz o superintendente da OAS-Arena, Carlos Eduardo Barreto.
FOTOS:Confira galeria das obras da Arena
Segundo a Sagres, empresa de agenciamento marítimo responsável pela chegada do material, a parte mais pesada do guindaste tem 96 toneladas. As peças foram transportadas pelo navio MV HHL Tóquio. A embarcação chegou a Rio Grande em 27 de março, após sair do porto de Leixões, em Portugal. Fabricado pela multinacional Liebherr, o guindaste sobre esteiras é muito usado em usinas nucleares, refinarias e construção de pontes e geradores eólicos.
— As peças devem começar a desembarcar durante o mês de junho — diz a gerente de operações da Sagres, Leila Vettorello.
A montagem iniciará em maio. Segundo a construtora, a qualidade e o baixo preço comparado ao Brasil pesou na opção pela importação. O valor não foi divulgado.
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