FUTSAL Citadino - Clássico BRAPEL

Clássico muito disputado

FUTSAL: Xavante vence BRA-PEL histórico
Virada espetacular, raça, grito da torcida rubro-negra, pressão, jogador expulso, polêmica e pancadaria: o Brasil está na final do Citadino

Não faltaram ingredientes para tornar o BRA-PEL deste sábado, no ginásio do Paulista, um dos maiores clássicos da história do futsal pelotense. Depois de levar 5 a 2 do Pelotas na última rodada da primeira fase, mais uma vez o Brasil tinha que jogar contra o franco favoritismo dos áureo-cerúleos, que ainda entraram nessa disputa da semifinal precisando apenas de um empate para chegar na grande decisão do Citadino.

Não bastasse tudo isso, o time rubro-negro viu o arquirrival abrir 2 a 0 no marcador, e o que já era difícil ficou complicadíssimo. Só que é exatamente em momentos assim que emerge o espírito Xavante. Não importa se é no campo ou na quadra, parece que existe alguma força sobrenatural que envolve esse uniforme vermelho e preto, e faz com que cada jogador e torcedor seja capaz de superar qualquer dificuldade. Foi desse jeito que o Brasil virou o jogo para 3 a 2, com gols de Fabiano Weege, PC e Maninho, e comemorou a vitória enquanto uma grande confusão se formava no lado azul e amarelo.



Confira : O JOGO  - SALVO PELO GONGO


O Brasil começou melhor na partida, tocando a bola com precisão, e chegando constantemente ao ataque. Mas foi o Pelotas que abriu o placar, ainda no primeiro tempo, que, apesar do gol, terminou com o Xavante pressionando até o último segundo.

Depois do intervalo, porém, a badalada equipe áureo-cerúlea parece que entrou em quadra disposta a definir a parada, e em pouco tempo ampliou o resultado para 2 a 0. A partir daí o técnico Wilson mandou a equipe com tudo pra cima, começou uma blitz enorme, e Fabiano Weege descontou para os rubro-negros.

A pressão não parou. E poucos minutos depois de marcar o primeiro gol, o Brasil fez mais um, com PC. Mesmo assim, o empate não adiantava de nada para o Xavante, que só avançaria à final em caso de vitória. Mas, por outro lado, o 2 a 2 serviu para incendiar a torcida da Baixada, que lotou a parte dela no ginásio do Paulista e começou a cantar incessantemente até Maninho marcar o gol da virada.

Sentindo o gostinho da vaga, o Brasil se fechou e a pressão mudou de lado. O Pelotas armou um bombardeio pra cima da defesa rubro-negra. O goleiro Jaison começou a fazer um milagre atrás do outro, e os jogadores de linha se jogavam de tudo quanto era jeito na bola para evitar os chutes a gol. Uma loucura, com direito a bola na trave e tudo mais.

E quando parecia que o drama não teria como ficar maior, Rodrigo levou o segundo cartão amarelo, foi expulso e deixou o Xavante com um homem a menos. Faltando três longos minutos para terminar o clássico, quem ficou na quadra recuou. E o Pelotas continuou atacando sem parar, inclusive com o goleiro-linha.

SALVO PELO GONGO
Apesar das inúmeras oportunidades de gol que teve nos últimos minutos, o áureo-cerúleo só conseguiu marcar após o encerramento da partida. Meio segundo depois que soou o apito final, um jogador do Pelotas enfiou um canudo na bola e mandou na rede.

Numa cena muito curiosa (para não dizer bizarra), os dois times começaram a comemorar ao mesmo tempo. Enquanto isso, os árbitros e mesários se reuniram para analisar o lance, e definir um veredicto sobre a validade do gol, que acabou não entrando na contagem do placar.

Indignados com a arbitragem, os jogadores do Pelotas foram tirar satisfação com o juiz principal. Uma grande confusão foi formada, socos, pontapés, equipamentos dos mesários foram quebrados, alguns poucos torcedores também se meteram, rasgando a tela de proteção para invadir a quadra. Bagunça geral.

Já do outro lado, os rubro-negros, incluindo comissão técnica, jogadores e torcedores, evitaram qualquer tipo de confronto e ficaram apenas comemoravam a vitória mais suada de todas as edições do Campeonato Citadino. Foi uma grande e merecida festa para quem venceu encarnando a alma Xavante, mostrando muita garra até (exatamente) o último segundo.

Leonardo Crizel
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