TÉCNICOS DE FUTEBOL - Os "Patinhos Feios"


 Texto - Prof. Beto Vetromille
e-mail : futeboltatico@hotmail.com

Muitos são os bons profissionais que trabalham no comando das equipes pelo futebol do nosso país. 
Alguns chegaram a trabalhar fora do continente sul americano. Outros, de não menos valor, permanecem no cenário do futebol brasileiro, realizando verdadeiros "partos" nos grupos montados pelas direções dos clubes de futebol, as vezes por menor investimento, mas em outras por não encontrarem as peças adequadas para o equilíbrio técnico tático das disputas que enfretam nos vários cenários regionais e nacionais do futebol.

Sempre existiu a figura do técnico competitivo, guerreiro, mobilizador, capaz de alterar rotas de " quedas " de rebaixamentos, ou até mesmo, alavancando campanhas quase enterradas nas competições, tornando-se verdadeiros "guindastes" nessas proezas. 

Já vivenciei isso diretamente nos bastidores do futebol com alguns desses com quem trabalhei. Mas nem sempre, recebem o reconhecimento na constância do tempo. 
São "heróis" naquele momento, e depois são preteridos por nomes de grife nas pré temporadas  dos anos subsequentes.

Aqui no estado gaúcho , um grande técnico com quem pude identificar essa qualidade era o Vacaria - Olavo Dorico Vieira. Ex lateral Bicampeão Brasileiro com o Internacional de Minelli, Manga Falcão e outros, passou por muitos clubes deixando marcas positivas de conquistas de títulos, lealdade, comando, disciplina, "pegada"(palavra muito utilizada  por ele no vestiário), mas acima de tudo um estrategísta nos anos 80/90. Ainda, em 2003, Vacaria subiu mais um clube - o ex Lami, hoje Porto Alegre FC da zona sul da capital gacúha. Aos poucos foi se retirando do cenário e se aposentou.

Nos resultados de acessos vale lembrar do técnico Rogério Zimermmann da nova geração, com a expressiva subida do GE Brasil para a Série A  do Gauchão em 2004. Permanece lembrado até hoje pela bela conquista.

No âmbito nacional, alguns desses são competentes nos resultados obtidos .  
Alex Stival , o Cuca, mais uma vez, salvou um dos grandes clubes  do rebaixamento - Atlético MG. Já havia feito uma façanha nos últimos jogos de 2009, quando tirou o Fluminense da queda. O Tricolor carioca, em 2011, esteve postulando até busca de título. Imaginaram se tivesse caído naquela ocasião?

Com Celso Roth a história se repete. Deu ao Grêmio desse ano, um rítmo melhor, com uma reação tática mais aplicada, permitindo um rendimento técnico satisfatótio em alguns dos jogos no Brasileirão, onde Escudero, Marquinhos e Douglas deram um padrão de velocidade, belas jogadas e resultados.

Pelo mundo, Carlos Alberto Parreira tirou o Brasil do sombrio moemtno no cenário internacional, com o título de Campeão do Mundo em 1994. Jornalistas ingleses chegaram a comentar , que até aquela data , jogadores como Romário e Bebeto não tinham a repercussão internacional  , como a obtida pós taça erguida. 
O nosso país saiu do ostracismos das Copas e voltou a encarreirar disputas de finais nos mundiais.

Dunga , capitão campeão, que ergueu a taça de 94, e fez o país chorar de alegria, foi chamado para dar "moral"  na casa. Após o fiasco na Alemanha, o sentido de patriotismo da Seleção Brasileira ficou para trás. Dunga resgatou a alma nacional, além de possuir uma das melhores campanhas de Copa das Confederações e números nos retrospéctos recentes.

REFLEXÃO - O futebol tem suas injustiças. 
Uma delas, e talvez a pior de todas, é o simples fato de que "águas passadas não movam moinhos". 
O esquecimento dentro desse esporte é assustador e repulsivo. O "consumo" pelo novo, pelo bonitinho, ou melhor plasticamente jogado é o que permanece sendo cobrado e alardeado, como se fosse algo solúvel, preparado em potinhos que se aplicassemos em um pote d'água, tudo seria perfeito.


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