XAVANTE : NO BENTO FREITAS - QUEM É QUEM ?

André Araújo - Helder Lopes
Texto e edições : Beto Vetromille Duas gestões. Dois nomes. Duas situações antagônicas. Uma competição em comum. Estou falando de um dado comparativo, até agora não feito por nenhum órgão formador de opinião, na imprensa esportiva de Pelotas. 2010 - Gestão Helder Lopes Iniciou turbulenta, pelo fato de abalo da saúde do ex presidente , ainda ao final de 2009, quando permaneceu hospitalizado por mais de 30 dias na UTI. Na administração estava o atual primeiro mandatário do clube, André Araújo. À época , com o afastamento de Lopes para o hospital, Araújo ficou encarregado de avaliar os perfís das novas contratações indicadas pelo então, gerente de futebol, Luiz Parise. Alí, muitas das aquisições do clube, para a formatação do time, foram avalizadas pelo então vice administrativo. Helder Lopes, viveu o drama do boicote de aporte financeiro, articulado pelas manobras político eleitoreiras do ex diretor de captação de recursos, e seus assessores. Retenção e demora na chegada dos valores, instabilizaram , entre outras coisas, o desempenho do time em campo. Paulo Cunha, em manifestação durante o famoso "ALMOÇO DE APOIO", realizado na Arena Grelhados, de propriedade de Hamilton Santos, foi o palco das articulações oposicionistas à Lopes. Cunha, era o principal oponente de Lopes no embate político administrativo do clube Xavante, contra um dirigente , praticamente , solitário nas tomadas de decisões do clube. No campo, o trabalho ficou totalmente limitado com a perda de mando de campo pelo Brasil(efeito de 2009), além da obra mal planejada da reforma do gramado do estádio Bento Freitas, obrigando o clube a mandar seus jogos fora da Baixada por 5 rodadas, inclusive tendo de jogar em Camaquã, para poder realizar a partida frente ao Guarani daquela cidade, dono do próprio estádio Sílvio Luiz. Com isso, a gestão de Helder Lopes passou por um período sem igual de arraso financeiro, visto que sem apoio financeiro do patrocinador, e perdendo as rendas na Baixada, como manter as ações de qualificação da equipe? Ainda assim, como mérito de Helder Lopes, ficou o legado do contrato ampliado do atacante Jair, que muitos não queriam mais em campo pelo time rubro negro. O tempo passou... 2011 - Gestão André Araújo O atacante Jair, que fora vendido para o futebol do exterior, rendeu aos cofres xavantes cerca de R$ 300 mil , fortalecendo as finanças do clube, e permitindo estabelecer um planejamento à médio prazo na contratação de jogadores, Comissão Técnica escolhida com o perfíl xavante, e etc.. André Araújo, agora presidente, contava com o apoio de vários dirigentes na tomada das decisões. Não lhe faltara recursos, muito menos as rendas colhidas nas bilheterias da Baixada, com o G.E. Brasil sendo beneficiado pelo calendário de jogos completamente oposto ao do ano passado, com 4 jogos de mando , diretos, no Bento freitas. Imaginem poder aportar o recurso anterior da venda do jovem Jair, mais as bilheterias desses jogos, e ainda recebendo apoio de novos parceiros , inclusive dinheiro do patrocínio do Banrisul, fortalecido pelo apoio abrangente de dirigentes como o próprio Hamilton Santos, Montanelli, Homero Klauck, Elzaide Lan-Peto, além do seu fiel escudeiro, o diretor de futebol Paulo Cunha, antagonista de seu ex parceiro administrativo, Helder Lopes. O Brasil estabeleceu um plano de trabalho para a temporada da Segunda Divisão. Contaram com tempo e pesquisa para contratar. Trouxeram jogadores, segundo discurso da direção, com a Cara do Brasil. Salários em dia, aportes chegando , rendas na casa, e o que mais faltaria para levar em frente esse trabalho? Pois é ! Com a turbulência gerada, internamente, e publicamente relatada pelo próprio diretor de futebol, Paulo Cunha, o ambiente do vestiário xavante ficou instável. Não deram a tranquilidade para Hélio Vieira executar suas estratégias. A cada rodada, o questionamento sobre a permanência ou não do técnico, era pauta de reportagem. Tanto foi, que um dado momento o vice de futebol resolveu assumir seu papel e por um basta nisso, afirmando que a troca não pderia ser antes dos reforçoes chegarem na Baixada. Se isso acontecesse, seria chamado de "burro ou louco." E como devo chamar-lhe agora, vice presidente, quando falseou no discurso anterior, e permitiu que a pressão articulada nos bastidores, para tirar Hélio Vieira do comando, tomasse conta das decisões , até mesmo , do já desalentado , André Araújo, quando lá em Livramento, num ato de desespero pelo mau resultado, clamou na imprensa, que algo deveria mudar, mesmo sem apontar o que? Será que o time de 2010 era tão ruim assim?
Blog Opinião Independente - Beto Vetromille

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