PELOTAS PÁRA NO GAUCHÃO 2011

Foto : Divulgação
OPINIÃO
A classificação do Pelotas, no Gauchão 2011, não deixou de ser alcançada no último jogo contra o Cruzeiro. Na tarde deste domingo , jogando seu último jogo desse semestre na Boca do Lobo, o time Áureo Cerúleo perdeu por 2x1 para o Cruzeiro de Poa. As dificuldades do trabalho no Departamento de Futebol vêm desde a situação instável daquela indefinição se o diretor executivo , Jorge Bopp, permaneceria ou não no Pelotas. Isso gerou um atraso e demora para enfatizar o trabalho e o planejamento, visto que não havia outros dirigentes que respondessem à altura com tais definições. Muita desconfiança instabilizara o momento para dar a largada na preparação do Lobo. Contratações, certamente erradas, como foi a do meio campista Miro Bahia, davam indícios de prováveis dificuldades no andamento do grupo de trabalho. O próprio diretor executivo afirmou isso ao microfone da Rádio Alfa FM, no Programa Futebol On Line, quando destacou o erro na escolha do meia , e também, Léo Dias , que deixava a Boca do Lobo, de não usar mais "panos quentes" para tratar dos assuntos conflitantes dentro do vestiário áureo cerúleo. Bopp, na ocasião, chamou Léo Dias de mentiroso, quando o jogador havia concedido duas entrevistas contraditórias à imprensa sobre a sua real condição de permanecer no Pelotas. A perda do volante Nunes, o qual já tantas vezes identifiquei como mal administrada pelo departamento de futebol, agravava a continuidade dessa campanha no Gauchão.
O nome de Gilmar Dal Pozzo para ser o técnico, no Gauchão, não afirmava uma garantia dessa evolução. O profissional vinha sendo buscado ainda às costas do ex técnico Itamar Schoulle, na Copa RS, no segundo sementre de 2010, quando algumas "paixões" internas na Boca do Lobo indicavam pela escolha de Gilmar, motivadas por falta de base para essas definições.Era uma dúvida se daria certo ou não. O Pelotas apostou em Gilmar e perdeu. Além disso, atrasos de salários, e as velhas questões da "noite" com jogadores importantes no começo do campeonato, identificados pela direção de futebol, mas protelados na solução, geravam desgastes internos no vestiário do grupo de jogadores. As negociações de Makelelê, vindo e indo, e depois retornando para a Boca do Lobo, foram mal trabalhadas pelo futebol do Lobão. Até recentemente, o discurso do clube era sobre a garantia esperada do aporte dos R$ 100 mil para auxiliar na cobertura das dificuldades financerias enfrentadas até a ocasião. Outro fato necessário de ser revisto, foi com os goleiros Oliveira e Adnan "fritados" ao cometerem algumas falhas em jogos, demosntrando falta dessa estabilidade de pensamentos diretivos ao definir melhor suas condições de permanência no grupo do Pelotas. Seriam apenas erros técnicos ou já sinais dessa dificuldade emocional dos bastidores da equipe?

Por fim, fica um sabor amargo na boca do torcedor do Pelotas com a interrupção da jornada no Gauchão 2011. Ano passado , à essas alturas, o torcedor áureo cerúleo mobilizava carreatas à Porto Alegre, para ver o Lobão combater batalhas dentro de campo em jogos decisivos pelo campeonato.

A espectativa de 2011 , segundo o discurso da direçao do clube era de alcançar vôos maiores com a lista de nomes contratados para o campeonato. Acredito que os erros não foram intencionais. Porém, em algum momento, o plano de vôo deu lugar à uma navegação cega desses horizontes para um pouso mais tranquilo no final.
Blog Opinião Independente - Beto Vetromille

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