''CHUTE DE BICO'' - As balelas sobre lesões no futebol

Lesões no futebol de campo
Recentemente, em Pelotas, tenho me contraposto sobre algumas afirmativas, covardes, às costas do ex preparador físico do GE Brasil, César Polaco, referentes a um SENSACIONALISTA número de lesionados na Baixada, durante sua passagem no comando desta coordenação, na comissão técnica.

Polaco veio bem recomendado para o Xavante, visto seu ótimo currículo no cenário do futebol, e confiança de dirigentes e outros profissionais , que com ele , já trabalharam.

Matéria de hoje, no UOL Esportes, mostra o número de jogadores lesionados no Grêmio portoalegrense, que tem no comando um dos mais competentes preparadores físicos da história do futebol brasileiro, que nas horas vagas já foi Campeão Mundial pela Seleção Brasileira - Paulo Paixão.

Outro dia escutei uma dessas "pérolas" ,de quem não conhece a matéria, estabelecendo,não sei de onde, nem em qual literatura científica, que o número aceitável de lesões num time de futebol daria conta de até seis atletas!
Quando?
Onde?
Será que na Lua?

Essas meias verdades acabam distorcendo um trabalho e prestando má informação aos leigos.

Vejam no Grêmio - São 9 atualmente, os atletas no Departamento Médico da Azenha.
Já esteve em mais de dez atletas, ainda esse ano.

Quanta sacanagem , dizerem essas coisas de profissionais que não estão mais aqui para se defenderem.


DICA - LEIAM MAIS E FALEM MENOS !
SUGESTÃO


Análise epidemiológica das lesões em atletas de futebol profissional do Sport Club do Recife em 2007

Análisis epidemiológico de las lesiones de los jugadores de fútbol profesional del Sport Club de Recife en 2007

Resumo

Introdução/objetivo:
O elevado desempenho de um grupo de atletas de futebol exige uma grande potência fisiológica, a fim de derrotar os adversários, conquistando títulos e maior visibilidade no mundo esportivo, porém estas maiores exigências sofridas pelos jogadores os tornam mais propícios a lesões. A preocupação com a exclusão dos atletas das atividades motivou os componentes dos departamentos médico dos clubes a estudarem o perfil destas lesões. Nossa análise epidemiológica tem o objetivo de demonstrar a freqüência de lesões sofridas pelos atletas de uma equipe da elite do futebol brasileiro.

Metodologia:
Foram analisadas epidemiologicamente, de modo descritivo, as afecções traumato-ortopédicas do time de futebol profissional do Sport Club do Recife durante a temporada de 2007, na qual disputou o Campeonato Pernambucano, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro da série A, com uma média de 35 atletas no plantel. Os dados foram colhidos a partir da admissão dos jogadores no departamento médico do clube, sendo posteriormente em percentil, através de gráficos, no âmbito do programa Microsoft Office Excel 2003.

Resultados:
Dentre todas as lesões esportivas analisadas observou-se um predomínio das musculares, com as de membros inferiores, principalmente as de coxas, comparando-se as demais regiões do corpo, e por fim, os atletas meio-campistas e atacantes obtiveram as maiores incidências que os de outras posições.

Conclusões/considerações finais:
Esta freqüência comprova o crescimento do futebol-força em detrimento do futebol-arte. E que a maior exigência dos atletas expõe o sistema músculo-esquelético em demasia, principalmente os membros inferiores e, de sobremaneira, os jogadores que atuam no meio-de-campo e ataque da equipe.

Ainda pôde-se observar que a incorporação de outros caracteres para serem analisados em posteriores estudos, tais como: a média de idade, de peso e de estatura da amostra a ser observada em relação às lesões, seria relevante para a obtenção de novas conclusões.





          Unitermos: Lesões esportivas. Futebol. Atletas. Epidemiologia



Conclusão
  1. As lesões nos membros inferiores se sobressaíram das demais, sendo maioria nas coxas.
  2. As lesões musculares foram mais freqüentes, seguidas das ligamentares.
  3. Os atletas meio-campistas e os atacantes sofreram mais agressões na integridade física, provavelmente por conta de uma marcação mais vigorosa nesses setores pelos adversários.
  4. As afecções sofridas pelos atletas são referentes às maiores exigências destes durante as atividades profissionais, ou seja, a evidência do futebol-força, em detrimento ao futebol-arte.
  5. Através do nosso estudo, evidenciou-se que a incorporação de caracteres referentes à média de idade, de estatura e de peso da amostra em relação às lesões ocorridas, seria de suma importância em novas pesquisas, a fim de compará-las com os resultados já encontrados.
Referências

  1. Andreoli, C.V.; Wajchenberg, M. & Perroni, M.G. Basquete. In, Cohen, M. & Abdalla, R.J., Lesões nos esportes – diagnóstico, prevenção e tratamento. São Paulo: Revinter, 2003, cap. 47.
  2. Carazzatto, J.G. Manual de Medicina do Esporte. São Paulo: Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 1993.
  3. Cohen, M. et al. Lesões ortopédicas no futebol. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 32, n.12, p. 940-944, 1997.
  4. Cohen, M. & Abdalla, R.J., Lesões nos esportes – diagnóstico prevenção e tratamento. São Paulo: Revinter, 2003, cap. 47.
  5. Cohen, M.; Abdalla, R. J. Lesões nos Esportes: diagnóstico, prevenção, tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2005.
  6. D´souza D. Track and field athletics injuries. A one-year survey. J Sports Med 28: 197-2002, 1994.
  7. Ejnisman B, Cohen M. Futebol. In: COHEN, M.; ABDALLA, R. J. Lesões nos Esportes: diagnóstico, prevenção, tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2005.
  8. Gould III, James A. Fisioterapia na ortopedia e na medicina do Esporte. São Paulo/SP. Editora Manole. 1993.
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  10. Naves, J.: Medicina, deporte y accidentes deportivos. Barcelona, Editores Salvat, 1952 apud Pardon, E.T., 1977. p. 43.

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